Os miomas uterinos são tumores benignos que surgem nos músculos lisos uterinos e causam sangramento uterino anormal e sintomas derivados do seu crescimento, quando formam uma grande massa pélvica. Acredita-se que os miomas, ou leiomiomas, como também são chamados, se originam de mutações somáticas nas células miometriais. Iniciam-se em uma única célula, afetando as células ao seu redor e levando à perda progressiva da regulação do crescimento.
Estudos indicam diferentes taxas de crescimento em miomas dentro do mesmo útero, mostrando que cada mioma se origina de forma independente. Assim, eles podem variar em tamanho e quantidade, afetando diferentes regiões do útero.
A presença de múltiplos miomas (mais comum do que um único mioma) indica uma predisposição genética para a formação dessas lesões. Existe um risco 2,5 vezes maior em parentes de primeiro grau de mulheres com esses tumores. Embora não sejam cancerosos, não há certeza se o câncer, como o leiomiossarcoma, surge de forma independente ou se um mioma poderia originá-lo. No entanto, o risco de desenvolver esse tipo de câncer em pacientes com miomas é muito baixo (menos de 1%).
Os miomas são 2 a 3 vezes mais prevalentes em mulheres negras em comparação com mulheres brancas, asiáticas e hispânicas. Eles costumam se desenvolver durante os anos reprodutivos (período hormonalmente ativo) e regridem após a menopausa.
Embora o câncer não seja uma preocupação nos casos de miomatose uterina, os miomas podem causar desconforto e impactar significativamente a qualidade de vida das mulheres que os desenvolvem.
Nem todas as mulheres com miomas apresentam sintomas, mas, quando ocorrem, os mais comuns incluem:
Em situações não raras, os miomas podem causar anemia de diversos graus, dependendo da quantidade de sangramento.
